Aviação & Segurança – Parte 5

E os acidentes causados por mau tempo?

Você provavelmente já esteve envolvido em viagens de avião que acabaram com voos atrasados por causa de trovoadas, nevoeiros ou neve. Nenhum tipo de transporte é imune às condições climáticas. Na aviação geral isto é notado em primeira mão pelo piloto que está observando tudo o que está acontecendo fora da aeronave em relação ao clima e tomando as precauções antes que qualquer dificuldade venha à tona. Além de ser uma necessidade para um voo seguro, é uma oportunidade fascinante para observar e aprender sobre os fenômenos climáticos naturais que afetam nossas vidas na terra e também no ar.

Ocasionalmente você verá notícias sobre uma aeronave que tenha caído ao realizar voo durante condições climáticas não favoráveis. Os meios de comunicação são, algumas vezes, imprecisos nos seus relatos, principalmente por causa da pressa para fornecer uma notícia instantânea. A aviação é um assunto técnico e uma rápida análise não leva em consideração todos os fatos que explicaria por que um determinado acidente ocorreu. Na maioria dos casos, um acidente relacionado ao tempo é um acidente relacionado ao piloto: as chances são de que o piloto não estava devidamente qualificado para voar com o mau tempo e superou os limites próprios e também os da aeronave.

Os pilotos primeiro aprendem a voar sob regras de voo visual (VFR). Isto requer que eles tenham uma visibilidade mínima e também que possam manter uma certa distância das nuvens. A maioria dos pilotos, no entanto, escolhem uma margem meteorológica maior do que as mínimas para garantir um voo seguro. Voar dentro de uma nuvem, por exemplo, pode significar a perda de referência do horizonte, da mesma forma que acontece ao dirigir um carro com nevoeiro espesso. Durante um voo, o ser humano não consegue distinguir a posição quando se perde a referência externa, por isso temos de contar com os instrumentos de voo. Como um piloto estudante, você será lecionado sobre a utilização de instrumentos que são destinados ao uso apenas como último recurso. O voo por instrumentos requer treinamento adicional e forma a base para o próximo passo, que então qualifica um piloto a voar nas nuvens.

Um piloto VFR que fica nas nuvens está, sem dúvidas, tomando decisões errôneas, e os resultados destas decisões geralmente fazem manchetes. Isso é facilmente evitável. Pilotos estudantes aprendem os conceitos básicos de meteorologia e interpretação, e livros, vídeos e artigos de revistas para complementar o aprendizado sobre o assunto não faltam.

Antes de qualquer voo os pilotos conscientes obtêm um briefing das condições climáticas e da previsão do tempo. Muitas vezes os pilotos também reportam condições climáticas em tempo real durante a rota da aeronave. Na maioria das vezes que um acidente relacionado ao mau tempo ocorre, o piloto havia sido alertado de que voar VFR não era recomendado.

Assim como os velejadores têm que manter um olho atento para o tempo, os pilotos também devem manter atenção para as condições adversas. Ao contrário de muitos barcos, um avião geralmente consegue “fugir” das tempestades. Problemas surgem quando os sinais de alerta são ignorados. Às vezes os alertas são sutis, mas à medida que os riscos aumentam eles se tornam pronunciados. No fim, basta um pouco de bom juízo para salvar o dia… ou digamos, o voo?

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Aviação & Segurança – Parte 4

E os acidentes de aviões… eles não são geralmente graves?

Existe um equívoco de que a maioria dos acidentes com aviões são graves. Na verdade, cerca de três quartos de todos os acidentes aéreos resultam em ferimentos leves ou quase inexistentes para o piloto ou passageiros. Tudo depende do tipo de acidente e como a aeronave foi conduzida na situação.

Assim como automóveis, certos tipos de acidentes são mais sérios. Uma colisão frontal de um carro é geralmente grave. Na aviação, acidentes relacionados ao mal tempo são geralmente os mais graves. “Arranhõezinhos” são muito mais prováveis. O equivalente dos “arranhõezinhos” na aviação talvez sejam os acidentes de pouso – eles geralmente acontecem em velocidade relativamente baixa, e as lesões (além das lesões no ego dos pilotos), não são muito comuns.

Um cenário típico seria um dia com ventos que não estão alinhados com a pista de pouso. O vento lateral fará com que a aeronave se desloque do centro da pista se o piloto não estiver fazendo a devida correção. Um pouso bruto pode geralmente causar danos na aeronave. Tais acidentes são facilmente prevenidos com o desenvolvimento e manutenção da proficiência para manusear a aeronave quando há ventos e também selecionando pistas de pouso que estão alinhadas com os ventos predominantes.

Veja abaixo as imagens de alguns pousos e decolagens com vento de través (crosswind) de várias aeronaves em SBGR (GRU – Guarulhos, São Paulo, Brasil).

 

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Como funciona o motor de um avião?

No artigo de “Aviação & Segurança – Parte 3“, falamos sobre os motores dos aviões. Neste post, estamos mostrando um vídeo criado pela Shell Aviation que explica vários detalhes à respeito dos motores e os cuidados de lubrificação dos mesmos. Ao assistir ao vídeo, mantenha em consideração que a Shell está fazendo propaganda para os seus produtos. De qualquer forma, o vídeo é bem informativo e vale à pena compartilhar.

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Aviação & Segurança – Parte 3

O que acontesse se o motor falha?

Esta talvez seja uma das dúvidas mais perguntadas desde a invenção do avião movida à motor. Primeiro, deve-se notar que os motores de aeronaves raramente têm problemas que causariam a completa falha do motor. A maioria dos pilotos vão passar a vida inteira voando sem ter um mal funcionamento do motor principal. Os motores são projetados com sistemas de ignição dupla, além de duas velas por cilindro, de modo que, se um sistema falhar, o motor continuará funcioando no segundo sistema.

Mas como os sistemas mecânicos não estão livres de falha, o que pode ser feito quando um motor decidir parar em pleno voo? A aeronave é equilibrada para que se torne um planador. O nariz da aeronave cai um pouco abaixo do horizonte e então torna-se estável. Embora o motor tenha parado de gerar empuxo, as asas ainda estão produzindo uma força de sustentação para a aeronave. Uma aeronave de treinamento típica pode planar em torno de 14.5 quilômetros a partir de uma altitude de 1.828 metros acima do solo. O piloto continua com plena utilização dos controles de vôo para virar e descer. A única coisa que não pode ser feita é continuar subindo. Embora pousos forçados raramente acontecem, os pilotos são treinados para procurar locais para um pouso seguro, como um campo aberto, por exemplo.

Veja no vídeo abaixo um exemplo de treinamento de pouso forçado com o motor completamente desligado:

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Halloween 2011: Se Beber, Não Voe!

Aqui está a nossa mensagem de Halloween para vocês, amigos pilotos:


Feliz Halloween 2011!

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