No log de hoje, falarei sobre os acontecimentos desde o último post até o dia 15 de Setembro, quando realizei o segundo voo de treinamento, cujo vídeo segue logo mais abaixo.
Depois de estudarmos os princípios de aerodinâmica nas aulas teóricas, passamos a estudar o ambiente de voo, comunicação e informações de voo.
Ao estudarmos o ambiente de voo, cobrimos assuntos sobre segurança de voo, dentre elas, evitando colisão, observação visual, pontos cegos, operações em aeroporto, manobras nas áreas de treinamento, regras de prioridade, altitudes mínimas, voos sobre áreas perigosas e táxi com vento. Referente à aeroportos, revisamos os tipos de aeroportos existentes (controlados e não-controlados), layout das pistas, circuito de tráfego padrão, direção de vento e seus indicadores, indicadores visuais (marcações da pista e placas de sinalização), luzes e equipamentos que utilizam luzes para auxiliar a navegação no/ou perto do aeroporto.
Daí o assunto começou a ficar mais complicado! Passamos a estudar os “maravilhosos” mapas aeronáuticos (cartas aeronáuticas), revisando a simbologia e informações apresentadas no mapa para navegação aérea. E se você está se perguntando por que escrevi “maravilhosos” entre aspas… aqui vai o motivo: eu acho que não existe outro mapa que contenha tantas informações em tão pouco espaço quanto os mapas aeronáuticos. Com certeza vai demorar um tempo até que eu me acostume e entenda bem estes mapas! Veja abaixo o mapa mostrando a região onde estou fazendo meus voos, por exemplo.
E para piorar a situação, o próximo assunto estudado tratou do espaço aéreo e suas diferentes classificações. No final da aula eu estava certo de que se havia um capítulo que precisasse do modo “decoreba”, este certamente seria um deles!
Para quem não é familiar (ou muito familiar) com os assuntos de aviação, o espaço aéreo é dividido em classes. E cada classe possui diferentes regras com respeito à altitude, visibilidade mínima, utilização de transponder, comunicação de rádio, etc. Só que no espaço aéreo não existe placas e outras sinalizações como nas estradas para ficar informado destas regras. Então onde é que o piloto verifica as restrições? Claro… no mapa aeronáutico! “Ma-ra-vi-lha”!
Seguindo adiante, passamos a estudar radares e serviços de torre de controle, tais como utilização de transponder que auxilia, por exemplo, com a identificação de aeronaves no radar. O capítulo discutiu os dois tipos de radares utilizados nos Estados Unidos, o ASR (Airport Surveillance Radar) e o ARSR (Air Route Surveillance Radar), e como estes serviços são utilizados para auxiliar no controle de tráfego aéreo.
O aeroporto de Greenville, onde realizo meus treinos, é um aeroporto não-controlado, ou seja, não temos uma torre de controle. Por isto, não temos controle via radar e não somos obrigados à fazer comunicações via rádio. No entanto, sempre fazemos e escutamos as comunicações de outros pilotos no rádio para saber e comunicar todas as nossas intenções de manobras, tanto no solo quanto no ar. Como estamos voando VFR (utilizando nossa própria visualização, sem auxilio de radares e instrumentos), comunicar e ficar atento sobre as intenções de outras aeronaves é muito importante.
E por falar nisto, as comunicações via rádio foram o próximo assunto do capítulo. Dentre os tópicos estudados, incluem-se: tipos de rádios e frequências, utilização do rádio, utilização da fonética (Alfa, Bravo, Charlie, Delta…) e números via rádio, hora Zulu (hora UTC, em fuso horário zero), frequências e tipos de frequências para comunicações via rádio, procedimentos de partidas e chegadas em locais com controle aéreo, procedimentos para falha de comunicação e emergência.
E finalmente, para completar esta seção de estudos, revisamos as fontes de informações para voos. Estudamos o diretório de informações dos aeroportos e suas codificações/simbologia, bem como um pequeno resumo de outras fontes de informações que podem e devem ser consultadas: Regulamentos Federais de Aviação (FAR), Manual de Informações Aeronáuticas (AIM), Aviso aos Aero Navegantes (NOTAM) e Circulares de Informação Aeronáutica (AC).
Já no meu segundo voo de treinamento, fizemos uma revisão das manobras de subida, descida, direita e esquerda. Passamos então a fazer as mesmas manobras, desta vez com configurações de flap diferentes, com velocidades mais baixas. Um dos objetivos destes treinamentos é começar a ficar familiarizado com o avião e como ele reage quando estamos pilotando com configurações, velocidades, e ângulos de ataque diferentes.
Ainda não fiz a decolagem e pouso da aeronave, mas desta vez fiquei segurando o controle e também mantive os pés nos pedais para sentir os movimentos dos controles durante estes procedimentos.
Aos poucos estou começando a ficar mais familiarizado e acho que neste segundo voo não estava tão “nervoso” quanto no primeiro. Suei bastante de novo… mas boa parte do suador era de calor mesmo!
Da mesma forma que fiz no log anterior, estou disponibilizando o vídeo inteiro e sem cortes. Para quem quiser pular partes do vídeo, estou colocando abaixo o resumo das sequências do voo e a localização (tempo no vídeo) onde poderão ser encontradas.
Com este Private Pilot Log finalizado, fico no aguardo dos comentários, dúvidas, sugestões, críticas, idéias, etc!
Um abraço para os que estão seguindo a minha trajetória de aluno piloto e… voe alto!
00:00 / 00:30 – Introdução (Intro)
00:30 / 04:50 – Checklist Pré-Táxi (Pre-Taxi Checklist)
04:50 / 07:40 – Táxi (Taxi)
07:40 / 14:00 – Checklist Antes da Decolagem (Run-Up Checklist)
14:35 / 20:00 – Decolagem (Take-Off) e Subida (Climb)
20:00 / 46:00 – Manobras (Maneuvers)
46:00 / 58:30 – Retorno ao Aeroporto (Return to the Airport)
58:30 / 59:50 – Checklist Pré-Pouso (Pre-Landing Checklist)
59:50 / 01:01:30 – Reta Final (Final) e Pouso (Landing)
01:01:30 / 01:03:45 – Checklist Pós-Pouso (After-Landing Checklist)
01:03:45 / 01:06:15 – Táxi (Taxi) e Estacionamento (Parking)
01:06:15 / 01:08:32 – Checklist de Abandono (Securing Check-List)